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  12/01/2020  •  Política | Sociedade  •  1592 hits  •  2 comentários ⇣

O caso Marielle Franco e a personalização de nossa representatividade

Este artigo não visa a defesa de Marielle Franco e nem tampouco sua condenação, mas fazer um paralelo entre nosso senso de justiça e a relação de representatividade que as pessoas têm conosco, próximas ou não. 
Este artigo foi publicado quase dois anos após o assassinato de Marielle. Até este momento, o caso ainda não foi solucionado, portanto, se isso acontecer, este texto poderá sofrer alguma readequação posterior. 


. . . . . . 


Marielle Francisco da Silva, mais conhecida por Marielle Franco, foi uma socióloga e vereadora do Rio de Janeiro. Foi assassinada em 14 de março de 2018 (junto com seu motorista, Anderson Gomes), em seu primeiro e único mandato, em circunstâncias ainda não esclarecidas. 


Marielle, segundo se sabe, defendia as mulheres, as negras, as lésbicas e era contra a postura com a qual a polícia militar atuava nas favelas. Elegeu-se para seu mandato de vereadora (em 2016) sem ter conseguido concluir e, talvez, por ser novata ainda na política, não fosse muito conhecida até o momento de sua morte. Tinha notoriedade em seus locais de atuação e no Rio, porém, não tinha notoriedade nacional. Muitos, como eu, nunca tinham ouvido falar da vereadora. A tirar por amigos nossos, por desconhecidos, pelos posts em redes sociais e pelos comentários nas redes e em sites de notícias, dava para se perceber que Marielle, de fato, ainda não tinha muita visibilidade. 


Até aí, tudo bem. Salvo raros casos, ninguém que acaba de entrar na política (mesmo tendo atuado antes nos bastidores - ela foi assessora parlamentar de Marcelo Freixo (PSOL) e coordenadora da comissão dos DH da ALERJ) se torna nacionalmente conhecido, de repente. 


Mas, Marielle, depois do crime, não era apenas uma pessoa desconhecida morta. Ela era uma pessoa que, quando viva, tinha representatividade para, pelo menos, as 46.000 outras pessoas que a elegeram - mais ou menos como acontece com os outros políticos. Não que a vida dela, dentro dessa condição de estar na política, tivesse mais valor que a vida de outras pessoas. Simplesmente, como acontece com as pessoas públicas, ela tinha mais representatividade. Ter representatividade confere a alguém uma relevância maior na percepção dos indivíduos que, de alguma forma, se relacionam com esse alguém. 


Como exemplos próximos de representatividade, podemos citar nossos parentes: pais, avós e irmãos, que de alguma maneira, demonstraram/demonstram ter uma importância, às vezes, vital, para nós. São pessoas que simbolizam valores como o cuidado, a honestidade, a austeridade, a bondade, foco nos objetivos ou o que quer que seja que pareça importante dentro da maneira como enxergamos a vida. Para não dizer do fato de que esses parentes convivem conosco por anos e já são parte inerente da nossa existência. Difícil nos imaginar sem eles, mesmo que não seja impossível viver sem eles. 


Mas assim como nossos parentes, outros indivíduos - mesmo sem muito controle sobre isso - também constróem sua representatividade. Estes podem ser amigos, artistas, profissionais de sucesso, digital influencers e até políticos. O que vale aqui não é avaliar se a vida dessas pessoas, por si sós, têm mais relevância que a vida das outras, mas reconhecer a representatividade delas que, com o passar do tempo, é criada em nós. É essa representatividade que define a importância aparente que esses indivíduos terão para a sociedade e, por tabela, para outros como eu e você (sim, você que está lendo este artigo). 



Milhares de mortes 


Em 2010, o Haiti foi devastado por um terremoto que causou a morte de mais de 300 mil pessoas. Além de destruir casas e construções de utilidade pública como hospitais, ainda deixou mais de 1,5 milhão de feridos. Pouco antes, em 2004, houve um tsunami no oceano índico que resultou em aproximadamente 230 mil mortos em diversos países. Mais recentemente, em 2011, outro tsunami atingiu, desta vez, o Japão, deixando um saldo de mais de 15 mil mortos. Aqui no Brasil, um deslizamento de terra, também em 2011, ceifou mais de 900 vidas na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Estas são apenas algumas das inúmeras catástrofes naturais que abalaram o planeta. Nestas circunstâncias, ficamos comovidos. Abaixamos a cabeça e nos lamentamos sobre o porquê de essas pessoas que não conhecemos, "precisarem" ter morrido por nada. Frustrante. 


É o momento em que nosso lado humano aflora. Mas aflora até certo ponto, afinal, essa comoção nunca passa de algumas lamentações ou até de algum tipo de ajuda pontual, como doação de bens e alimentos (que, não há como negar, são importantes).  


A gente sabe que no Brasil, por ano, morrem umas 60 mil pessoas de morte violenta intencional. E que no mundo morrem milhares de outras pelo mesmo motivo. Por dia, basta abrirmos um jornal para vermos na parte de obituário que dezenas de pessoas em nossa cidade faleceram (por motivos diversos que não são ditos) e, aparentemente, não ficamos tão sensibilizados.


Quantas vezes derramamos nossas lágrimas por elas? E porque o faríamos se são pessoas que nem conhecemos? Qual a diferença entre essas mortes que sabemos mas não vemos e as outras mortes que nos deixam em prantos? 


Milhares de pessoas morrem por dia no planeta por motivos diversos e apenas nos lamentamos. Mas deixa um parente só nosso falecer, apenas unzinho, que nos acabamos de chorar como se fosse o fim do mundo. Por que será? 



Ódio a Marielle 


Quando Marielle Franco foi assassinada, houve, de forma evidente, dois tipos de reação:
1 - Indignação pelo assassinato 
2 - Indignação com a assassinada

Ao mesmo tempo em que parte da população se solidarizava, revoltada, pela morte da vereadora, outra parte, de forma surpreendente, se mostrava encolerizada pela importância dada ao caso pela imprensa. Ao mesmo tempo em que existia uma lógica por parte das pessoas em abraçar as aparentes causas defendidas por Marielle fazendo manifestações públicas e em redes sociais, existia, também, uma falta dessa lógica no ódio repentino desenvolvido por outras pessoas pelo fato da repercussão do caso. Marielle, sincronicamente, virou heroína e vilã. 


A parte da heroína é mais fácil entender. A população gosta de mártires. Precisa de pessoas que representem suas causas e que se mostrem defensoras daqueles que estão em alguma condição de vulnerabilidade. Marielle simbolizava isso. Mas a parte da vilã, ficou mais difícil, afinal, era ela quem tinha morrido. Como é possível sentir raiva por uma pessoa que foi friamente assassinada (e cuja morte repercutiu muito na mídia) como se ela mesma fosse a culpada dessa repercussão? Afinal, de onde veio tanto ódio? 


Concomitante às manifestações que levantavam bandeiras (literalmente falando) a favor de Franco, irrompiam pela net postagens e imagens diversas questionando o porque de outras pessoas que também tinham sido assassinadas não tiverem o mesmo direito à cobertura pela imprensa. Porque uma simples Marielle Francisco da Silva era mais importante? 


Se a gente voltar no tempo vai perceber que houve diversos outros casos de crimes que repercutiram muito tempo na mídia e demoraram a ter solução (quando tiveram). 
• O caso Neylton da Silveira - Servidor público da SMS-Bahia - 2007
• O caso Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André (SP) - 2002 
• O caso Eliza Samúdio (cujo corpo nunca apareceu) - 2010 
• O caso do jornalista Tim Lopes - 2002 
• O caso do índio Galdino - 1997 

No final do texto é possível ver mais links sobre assassinatos que foram chocantes. Muitos deles tiveram uma repercussão muito grande na imprensa mas não despertaram manifestações similares como as do caso Marielle, o que leva a concluir que devia ter algo nela que motivasse nas pessoas o aflorar de sentimentos de ódio ou empatia. Mas o que seria? 


Marielle Franco, segundo era divulgado, era ligada a causas sociais e, também, ao PSOL (tanto que se elegeu por ele). Partidos de esquerda, às vezes, são vistos como defensores de bandidos, fato que deve ter sido associado à imagem dela. Isso para não falar que era assumidamente bissexual. Defender causas sociais, ser de esquerda e ter sexualidade fora do padrão são coisas capazes de despertar nos mais conservadores sentimentos nada humanitários, tanto que muitos posts com questionamentos sem sentido e notícias fake foram criadas para denegrir sua (dela) imagem. 


Um destes posts foi compartilhado pela desembargadora Marília Castro Neves, do TJ do Rio de Janeiro, alguns dias após o assassinato da política. Segundo a mensagem, a vereadora era "engajada com bandidos" e foi "eleita pelo Comando Vermelho", dentre outras acusações. Além da desembargadora, outros, como o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), também tiveram a mesma postura, a de repassar posts negativos com o aparente intuito de desqualificar - e não de solucionar. Pessoas públicas, que ganham seu sustento através dos impostos pagos pela população (incluamos nessa população, eu e você), não poderiam tomar este tipo de atitude. Isto é, no mínimo, falta de respeito com o nosso suado salário de trabalhador. 


E não se elucida crimes repassando mensagens de redes sociais sem ter a menor noção da procedência. Se é para contribuir para a elucidação do caso, o que, ao que tudo indica, não foi o motivo, deve-se fazer da forma legal. Não através do exercício da raiva e da depreciação alheia. 



Todas as vidas têm importância 


Mas uma parte destes posts fazia justamente menção à ideia de que Marielle Franco estava sendo endeusada enquanto que outras vidas de desconhecidos tinham sido ceifadas sem que a isto fosse dada a devida importância. Mas será que era mesmo verdade? 


Até certo ponto, sim. O que, aliás, é algo extremamente natural. Como eu falei, a representatividade é uma das coisas que faz com que algumas pessoas aparentem ter mais importância do que outras. A representatividade pode, através dos indivíduos, existir na arte, na política, nas profissões, em nossa casa, etc. Admiramos ou nos identificamos com pessoas que falam coisas que gostamos, que defendem nossas causas, ou que podemos tomar como exemplo.


E essa representação é pessoal. Da mesma maneira que um político de direita conquista milhões, o mesmo pode fazer outro político de esquerda com os outros milhões. As vidas destes políticos, por si sós, têm a mesma importância, afinal, quando nasceram, eram igualmente desconhecidos para o mundo. Mas depois que cresceram, criaram sua representatividade na vida de outros indivíduos. Enfim, a vida destes políticos populares têm a mesma importância que a sua, mas você não vai achar que quando morrer, vai acontecer com você a mesma repercussão que aconteceria na mídia com a morte deles dois. 


Veja, se umas 60 mil pessoas morrem por ano no país de morte violenta, então, seriam umas 164 por dia. Se cada jornal televisivo gastasse um minuto para falar sobre cada morto desconhecido, então, seriam gastos 164 minutos ou, aproximadamente, 2,7 horas por dia por jornal. Se o mesmo jornal gastasse 10 minutos por cada pessoa então seriam gastas umas 27 horas por dia no total! Você não dormiria e ainda faltaria tempo. Para não dizer que faltaria tempo também para você ler o obituário do jornal impresso todos os dias. Isso, se você não é hipócrita e realmente acha que todas as pessoas mereceriam ter na imprensa o mesmo destaque que as pessoas conhecidas (e que, por isso, gastaria seu tempo se informando sobre elas). 


Mas você pode questionar: se Marielle, antes da morte, não era tão "ilustre"assim, então porque a mídia se voltou para ela daquela maneira? 


1 - Porque era vereadora. Políticos assassinados viram notícia obrigatória, afinal, foram eleitos pelo povo. O povo quer saber. 
2 - Porque ela defendia causas polêmicas, como a questão LGBT e o aborto. Ao mesmo tempo em que uns se identificam com essas causas, outros as odeiam. 
3 - Porque, diferentemente dos políticos de gravata, Marielle tinha contato direto com pessoas da favela, o que poderia levar a vários tipos de suposição, como o envolvimento com milícias ou  traficantes. 
4 - Porque, afinal, ela foi assassinada. Quem morre de causas naturais (como uma doença ou velhice), é lógico, desperta muito menos curiosidade do que quem perde a vida com três balaços na cabeça (e mais um no pescoço) numa circustância sombria. 



Para finalizar


Depois que mataram Marielle, o caso repercutiu (como normalmente acontece com o assassinato de qualquer político) e as pessoas passaram a conhecê-la - e o que ela simbolizava -, se identificando ou odiando. Tomar posturas, portanto, foi um processo natural. Políticos pouco conhecidos que morrem em circunstâncias claras e não simbolizam causas, não repercutem. Marielle repercutiu porque simbolizava. Quem se indignou com o assassinato entendeu que, sendo ou não conhecidas, as vidas têm valor, portanto, fazia sentido questionar o fato de Marielle ter sido morta brutalmente. Assim, quem acha de verdade que todas as vidas têm o mesmo valor deveria entender isso. Seria injusto, dessa forma, fazer chacota ou desdém com a morte de alguém que teria, na nossa percepção, o mesmo valor de qualquer outra pessoa. 


Só que, na prática, agimos de outra forma: aceitamos em nossa vida as pessoas de maneira seletiva pelo que elas representam para nós. Dizemos que todas as vidas têm valor mas não deixamos transparecer que acreditamos nisso. Algumas, depois que conhecemos seu perfil (criminosos, por exemplo), destituímos completamente seu valor, afinal, o que elas representariam para nossa vida (dentro da nossa percepção) senão só coisas ruins? 


Como num filme, em que existe o bandido e o mocinho, nos achamos os representantes do bem e, por isso, nos delegamos a autoridade de tratar com o merecido desprezo (e até punição) quem não faz parte de nosso grupo (o grupo do bem).


Percebe-se, então, que as representatividades têm um caráter bastante personalizado: o que alguém significa para a gente pode significar para o outro algo totalmente diferente. Definitivamente, não tratamos todas as vidas da mesma maneira. Assim foi a imprensa no caso de Marielle - e continuará sendo em outros casos -, assim somos nós. E é por isso que as postagens amadoras (de Whatsapp e Facebook) que comparavam depreciativamente a importância dada à morte de Marielle com outras mortes soavam tão hipócritas, tão fake. Colocavam em nossa cabeça o que nem nós mesmos acreditamos. 


Creio que, se é para se indignar, temos que direcionar para o alvo certo. Precisamos cobrar da Polícia a elucidação do crime porque, se uma pessoa cuja morte provocou manifestações até em outros países ainda não teve seu caso solucionado (mesmo que os supostos executores tenham sido presos), imagine então, se fosse com pessoas "comuns" como nós? Qual a garantia de solução para o nosso caso que teríamos de um órgão - criado para este fim e que existe graças ao pagamento de nossos impostos - que, segundo as estatísticas, não chega a solucionar nem 10% dos crimes no país? 


E ainda, existe muita gente mesquinha capaz de criar ou repassar as piores notícias sobre quem quer que seja - o que inclui as fake news. Sejam pessoas desconhecidas ou até servidores públicos de aparente respaldo ou fé pública, devemos nos sentir na obrigação de não lhes dar voz para que não nos transformemos em massa de manobra dessa gente que só é capaz de mostrar o quanto sua própria representatividade é socialmente negativa. Não dá pra se achar um ser humano exemplar repassando mensagens acusatórias baseadas na pura suposição. 


Enfim, se, de 1998 para cá, ainda ouvimos a pergunta "Quem matou Odete Roitman?", uma pessoa inventada, mas que deu muito o que falar na época, e que é lembrada até hoje, porque não aceitar "Quem matou Marielle Franco?" como algo que deve ser ouvido até a resolução desse crime, sem rusgas ou mimimis? É certo que a representatividade de Marielle variava muito de pessoa para pessoa, mas, agora, talvez seja a hora de as autoridades reforçarem que também têm representatividade para nós. 


Obrigado a quem leu até aqui. 



Referências / leitura complementar 

Marielle 
Wikipedia - Marielle Franco 
Wikipedia - Assassinato de Marielle Franco 
BBC - As mais novas dúvidas em torno da investigação do assassinato de Marielle 
Yahoo - Polícia faz reconstituição da morte de Marielle com testemunhas e tiros 
Yahoo - Ligado por testemunha à morte de Marielle já se vendeu como quase Nobel 

Notícias 
Yahoo - Desembargadora diz não se arrepender de declaração sobre Marielle 
Yahoo - Desembargadora que criticou Marielle diz que Boulos 'será recebido na bala';  
UOL - Defesa de desembargadora culpa advogada por fake news sobre Marielle 
G! - Marielle engravidou aos 16? Foi casada com o traficante Marcinho VP? Ignorava as mortes de policiais? Não é verdade! 
G1 - Protocolada no CNJ representação contra desembargadora por notícia falsa sobre Marielle 
G1 - Após divulgar fake news sobre Marielle, deputado Alberto Fraga suspende redes sociais 

Crimes e mortes 
G1 - Vigilantes são condenados por morte de servidor público Neylton, diz TJ-BA 
UOL - Relembre 22 crimes que chocaram o Brasil 
Superinteresante - https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-porcentagem-de-crimes-solucionados-pela-policia-no-brasil/ 
Wikipedia - Sismo do Haiti de 2010 
UOL - Relembre 13 desastres naturais ocorridos no século 21 

Outros 
Yahoo - Cansado das fake news? 
Wikipedia - Novela Vale Tudo (Quem matou Odete Roitman?) 


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Sam | 10/09/2020 | Comentário 1
Seus textos são geniais. Pena que tem muito tempo que não escreve :(
Flávio | 26/06/2020 | Comentário 2
Elucidativo e pragmático, um recado aos que ressentem a memória de uma parlamentar grandiosa. A história nos é irmã é protegerá seu legado
      
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